GT 1: PARA LER PALAVRA E IMAGEM EM TEXTOS MIDIÁTICOS: CONTRIBUIÇÕES DA SEMIOLINGUÍSTICA
Eveline Cardoso (UERJ)
Rafael Guimarães (IFRJ)
Welton Pereira (UFF)
EMENTA: Este Grupo de Trabalho objetiva reunir comunicações que discutam a forma como a Teoria Semiolinguística do Discurso, de Patrick Charaudeau, pode ser mobilizada na análise de textos multimodais. Serão aceitos trabalhos que tenham como foco de análise a verbo-visualidade em diferentes gêneros textuais do domínio comunicativo midiático e que busquem analisar, por exemplo: multimodalidade e argumentação; multimodalidade e estratégias de construção do ethos e do pathos; interpretação e compreensão de textos multimodais. Sugere-se que os trabalhos procurem tratar dessas questões no âmbito da Educação Básica, levando em consideração as diretrizes da BNCC acerca da análise linguística/semiótica em articulação com atividades de leitura.
GT 2: LEITURA E MULTILETRAMENTOS: TEORIAS E PRÁTICAS
Cristiane Dall Cortivo Lebler (UFSC)
Doris de Almeida Soares (EN/UFRJ)
Thalita Cristina Souza Cruz (UERJ/UERJ/UFRJ)
EMENTA: As diversas linguagens, potencializadas pelas tecnologias digitais, representam um desafio para as instâncias formativas, que são instigadas a repensar suas práticas pedagógicas para responder às novas demandas de trabalho com textos de caráter multissemiótico. Cani e Coscarelli (p.24, 2016), apoiando-se em Kress (2003), afirmam que “é preciso tornar mais claros os princípios e a organização desses recursos semióticos na era das novas mídias de informação e comunicação”, auxiliando os alunos a perceberem “as várias informações, valores e ideologias que são transmitidas pelas imagens e pelos recursos não verbais presentes nos textos para agir criticamente sobre eles.”. Partindo dessa linha de pensamento, e considerando central o trabalho a partir dos gêneros textuais-discursivos (c.f. Bakhtin, 1979/2003; Marcuschi, 2008; Rojo, 2020 etc.), o GT Leitura e Multiletramentos: teorias e práticas convida a comunidade acadêmica a compartilhar pesquisas e relatos de experiência cujo tema central seja o ensino de leitura a partir de abordagens alinhadas com a pedagogia dos multiletramentos, tendo como enfoque aspectos como os letramentos digitais (New London Group, 1996), a Gramática do Design Visual (Kress e Van Leeuwen, 1996), a sequência didática (Dolz, Noverraz e Schneuwly, 2004), entre outros de natureza similar.
GT 3: LEITURA ARGUMENTATIVA: O QUE É E COMO SE PRATICA NA VIDA E NA ESCOLA?
(CANCELADO - OS ARTIGOS ACEITOS SERÃO REDIRECIONADOS PARA OUTROS GTS)
Isabel Cristina Michelan de Azevedo (UFS)
Lucas Nascimento Silva (UEFS)
EMENTA: A leitura argumentativa é um campo que ainda necessita da ampliação de estudos específicos no Brasil e no mundo (NEWELL et al., 2011), por isso neste GT intentamos reunir trabalhos e pesquisas que pretendem discutir como práticas desse tipo de leitura acontecem em sociedade e como podem ser concretizadas em classes de língua portuguesa na educação básica. Como se quer discutir distintas perspectivas, variados âmbitos teóricos e práticos são bem-vindos, mas serão privilegiadas as perspectivas interacional e discursiva. Entendemos que os discursos marcados pela argumentação se materializam em textos nos quais se identificam uma questão problematizadora (PLANTIN, 2008), um assunto que está em questão (GRÁCIO, 2010) e como se configuram os posicionamentos em oposição. Nesse tipo de concepção, percebemos que os valores socialmente construídos são integrados às práticas de leitura argumentativa, por isso é importante desenvolver posturas reflexivas e críticas.
GT 4: A LEITURA E O ATO ÉTICO NA COMPREENSÃO RESPONSIVA DA PRODUÇÃO ARTÍSTICO-LITERÁRIA
José Ricardo Carvalho (UFS)
EMENTA: A aprendizagem da leitura tem sido objeto de preocupação das escolas, visto que grande parte dos alunos tem apresentado dificuldades de compreensão e interpretação em variados gêneros discursivos e atos de linguagem. Práticas tradicionais de análise textual, encontradas em diferentes livros didáticos e atividades escolares, centram-se em aspectos formais e tipológicos, sem apontar para o processo de significação e ressignificação dos enunciados do ponto de visto ético, axiológico e ideológico a depender do contexto e da visão de mundo dos sujeitos que interagem com o objeto simbólico. O trabalho com gênero, sob uma perspectiva discursiva, tem apontado para observação dos atos de linguagem que vão para além de aspectos estruturais da língua e da construção textual, ressaltando os aspectos interacionais e ideológicos nas práticas linguageiras em uma dinâmica responsiva diante dos enunciados proferidos, conforme defendem Faraco (2007), Carvalho (2020), Bakhtin (2010, 2016) e Volochinov (2017). De acordo com Bakhtin, o autor-criador de uma obra literária, toma como ponto de apoio em sua construção estética elementos da vida configurada a dimensões ética, axiológica e ideológica. Nesse sentido, todo leitor que interage com uma obra artístico-literária promove relações que vão para além representações no âmbito da reconstrução dos referentes que compõem o enredo. Na atividade leitora, os sujeitos assumem posicionamentos perante enunciados dotados de acentos apreciativos em torno das temáticas abordadas. Diante desse contexto, propomos, neste GT, discussões sobre o trabalho de leitura de produções artístico-literárias que exploram a compreensão ético-responsiva no espaço escolar. Nessa abordagem, salientamos a necessidade de se investigar mais profundamente a mobilização das categorias exploradas pelos estudos do círculo do Bakhtin, tais como: ato responsável, signo ideológico, acento apreciativo, exotopia, empatia, arquitetônica, processo de construção estética, relações dialógicas, bivocalidade, heterodiscurso, alteridade, movimento centrípeto e centrífugo da cultura, compreensão responsiva, acabamento, inacabamento, cronotopo, interdiscursividade e gênero discursivo.
GT 5: O ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA NO CICLO INICIAL DA ALFABETIZAÇÃO
Claudionor Alves da Silva (UESB)
Denise Aparecida Brito Barreto (UESB)
EMENTA: O objetivo deste GT é discutir sobre o ensino da leitura e da escrita no processo inicial de escolarização, considerando as concepções de alfabetização, teorias e métodos; processos de leitura e escrita; estratégias de compreensão leitora; análise de políticas de formação do estudante/leitor; Currículo e formação do professor alfabetizador; processos de ensino do sistema de escrita alfabética; as relações entre a oralidade e o ensino da leitura e da escrita. Pretende-se, assim, reunir trabalhos desenvolvidos a partir das contribuições dos estudos discursivos da linguagem para o processo de ensino e aprendizagem da leitura e da escrita e suas relações com as políticas educacionais no Brasil.
GT 6: REFERENCIAÇÃO E ENSINO DE LEITURA E DE PRODUÇÃO
Cristiane Barbalho (CPII)
Dennis Castanheira (UFF)
Margareth Morais (IFRJ)
EMENTA: Com base em uma perspectiva interacional e sociocognitiva da linguagem, este Grupo de Trabalho aceitará comunicações que apresentem propostas de trabalho que integrem o conceito de referenciação a atividades de leitura e/ou de produção textual, com vistas ao ensino de língua portuguesa. A partir do aporte da Linguística Textual (LT), entende-se o texto como lugar de interação em que os sujeitos são ativos (KOCH, 2006), sendo a leitura uma atividade guiada pelo acervo sociocognitivo dos leitores, que atuam na formulação de hipóteses para a compreensão textual. Assim, ganha destaque a noção de referenciação, como processo colaborativo de construção e negociação de sentidos dentro dos textos (cf. CAVALCANTE; SANTOS, 2012; SEARA; SANTOS, 2020). Por isso, é necessário que, na escola, sejam observados os recursos empregados na tessitura textual, como os processos de referenciação, já que a leitura depende, conforme apontam Koch e Elias (2006), da nossa bagagem cultural e do nosso conhecimento linguístico. Assim, este Grupo de Trabalho espera reunir comunicações, filiadas à LT (e suas interfaces), que apresentem trabalhos com pressupostos teórico-metodológicos voltados para a exploração dos mecanismos de referenciação nas atividades de leitura.
GT 7: LEITURA EM MÍDIAS DIGITAIS
Denson André Pereira da Silva Sobral (UFAL/Profletras/UFS)
EMENTA: Este GT busca refletir sobre a leitura em mídias digitais. A leitura sempre foi um sistema complexo, dinâmico, aberto, auto-organizado e não linear (COSCARELLI E NOVAIS, 2010), no entanto, o advento da revolução digital provocou mudanças profundas no uso que fazemos da linguagem e no modo como apreendemos e compartilhamos o conhecimento. Uma dessas mudanças é a necessidade de considerarmos a integração de várias linguagens (verbais e não verbais) na leitura de textos digitais, bem como as diferenças que se apresentam neles no que diz respeito aos elementos gráficos explorados nesses ambientes e nos mecanismos de navegação dele que se diferenciam daqueles usados no impresso (COSCARELLI E NOVAIS, 2010). Para Coscarelli (2017), ler no ambiente digital é, essencialmente, uma atividade investigativa de: busca; seleção;articulação de informações. Desse modo, o leitor precisa saber lidar com informações provenientes de múltiplas fontes. E, por essa razão, precisa desenvolver diversas estratégias de navegação e habilidades de leitura. Nos ambientes digitais, portanto, os leitores podem facilmente flanar, em muitos textos, sem necessariamente construir um significado profundo voltado para os objetivos iniciais. Dessa forma, para além de ter habilidades e estratégias para a leitura de diversos gêneros textuais, a leitura on-line exige que o leitor saiba encontrar informação e saiba lidar com informações advindas de diversas fontes (BRITT et al., 2013). São essas reflexões e revisões conceituais necessárias que este GT buscará discutir por meio de trabalhos sobre a temática da leitura em mídias digitais.
GT 8: ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO(S): POLÍTICAS, FORMAÇÃO E SABERES
Solange Alves de Oliveira-Mendes (UnB)
Ana Claudia Ribeiro Tavares (UFPE)
EMENTA: Esse GT está voltado para a análise de políticas educacionais direcionadas para as áreas de alfabetização e letramento no Brasil e suas tensões ideológicas, políticas, epistemológicas, didáticas com políticas locais (a exemplo das três edições da BNCC, bem como da Política Nacional de Alfabetização). Alcança a formação do/a professor/a alfabetizador/a e a descontinuidade de políticas como o PNAIC; propõe uma discussão de programas contemporâneos que remontam os antigos métodos de alfabetização, a despeito de toda produção e contribuição existente nessa área. Aborda a pauta da progressão do ensino da leitura e da escrita no bloco inicial de alfabetização (1º, 2º e 3º anos do ensino fundamental); enfoca os eixos de ensino de língua portuguesa no ciclo de alfabetização (oralidade, leitura, compreensão e produção textuais, sistema de escrita alfabética x código, norma ortográfica). Enfoca as diversas possibilidades e a relevância da avaliação na/para a alfabetização. Objetiva discutir, ainda, os saberes teóricos e práticos da leitura e da escrita no 1º ciclo, bem como a diversidade de materiais didáticos voltados para a alfabetização e o letramento de crianças, jovens, adultos e idosos, incluindo o livro didático.
GT 9: PRÁTICAS SOCIAIS LINGUAGEIRAS DE LEITURA NO CONTEXTO DA FORMAÇÃO DOCENTE
Carlos Héric Silva Oliveira (Unilab-Malês/BA)
Lídia Amélia de Barros Cardoso (UFC)
Rosivaldo Gomes (Unifap)
EMENTA: Este GT acolhe comunicações que apresentem resultados de pesquisas realizadas ou em realização cujo foco é a prática social linguageira de leitura, em especial, no contexto da formação inicial e continuada de professores de línguas. Ele reúne trabalhos ancorados no quadro teórico Interacionismo Socio-discursivo para discutir a leitura, no contexto da formação do professor, tanto no que diz respeito ao gênero textual utilizado em sala de aula, quanto no que diz respeito à didática da aula de leitura. O objetivo maior do GT é refletir sobre o repertório didático mobilizado na aula de leitura; sobre os saberes que constituem esse repertório; e sobre a didática da aula de leitura, quando esses saberes são didatizados com a contribuição de dispositivos. Ele convoca o modelo didático de gênero, a sequência didática, o itinerário didático e a aula interacionista de leitura, na prática de leitura para profissionalizar os futuros professores. As pesquisas devem estar alinhadas à abordagem interacionista, como defendem Bronckart, (2012/1999; 2006; 2008); Cicurel (2020); Leurquin (2013); Tardif (2013; 2014), Vanhulle (2009), ao pensamento freireano (FREIRE, 1970) e a demais pesquisadores que se alinham com esse posicionamento.
GT 10: LEITURA E PSICOLINGUÍSTICA: ENTRE INVESTIGAÇÃO E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
César Costa Vitorino (UNEB)
Cláudia Regina de Oliveira Vaz Torres (UNEB)
EMENTA: Este GT mantém a proposição de discutir pesquisas relacionadas a leitura e os mecanismos cognitivos de processamento da informação durante a leitura, a interação entre a aquisição da habilidade de leitura e os processos de escrita, a ativação cerebral em situações de leitura. Dessa forma, busca debater pesquisas relacionadas ao desenvolvimento das competências e das habilidades previstas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC),especialmente aquelas que suportam as práticas pedagógicas na escola ou espaços não formais.
GT 11: LETRAMENTO ACADÊMICO: REFLEXÕES SOBRE AS PRÁTICAS DE LEITURA
Rosivaldo Gomes (UNIFAP)
Fatiha Dechicha Parahyba (UFPE)
RESUMO: Nos últimos anos, o letramento acadêmico tem despertado o interesse de pesquisadores em nível nacional e internacional. As pesquisas têm como foco, em especial, as práticas de produção escrita de gêneros acadêmicos. Ao mesmo tempo, o interesse de muitos pesquisadores é centrado nas práticas de leitura para fins de elaboração da fundamentação teórica, de discussão e de apresentação da relação do objeto de pesquisa com outras pesquisas. Analisa-se como os pesquisadores em formação, tanto em nível de graduação como pós-graduação, se apropriam dessas leituras e como estas são incorporadas em seus textos a partir de um conjunto de capacidades de leituras mobilizadas em função dos gêneros que são produzidos e que circulam na esfera acadêmica. A análise recai em aspectos diversos tais como o discurso científico; a articulação do discurso de outrem com o discurso do autor, o apagamento enunciativo e as práticas de linguagem que traduzem os conteúdos decorrentes das leituras (GARNIER, RINCK, SITRI e De VOGÜE, 2016). Nesse sentido, este GT objetiva reunir trabalhos que têm como foco os estudos sobre as práticas de leitura no contexto de letramento acadêmico e a interface com a produção escrita na esfera acadêmica. As pesquisas podem ser alinhadas à vertentes teóricas variadas tais como: a abordagem sociorretórica (SWALES, 1990; MOTA-ROTH, 2010), o Interacionismo Sociodiscursivo (KLEIMAN e ASSIS, 2016; FANNY RINCK et al. 2015), os Novos Estudos do Letramento (LEA; STREET, 2014; STREET, 2010; FISCHER; 2008; 2010; FIAD, 2017), entre outros. Isso nos permitirá ter uma discussão profícua acerca das práticas de leitura na esfera acadêmica.
GT 12: LEITURA E DISCURSO: AS RELAÇÕES DE PODER E SABER NA PRODUÇÃO E RECEPÇÃO DE SENTIDO
Rafael Borges (EAJ/UFRN)
Jocenilson Ribeiro (DLEV/UFS)
Historicamente a leitura, as concepções sobre a leitura, bem como quem é e pode ser leitor em nossa sociedade, passam por condições sociais, políticas, econômicas e discursivas de poder e de distinção social. Assim, a proposta deste GT é entender a leitura e suas relações de poder a partir de diferentes públicos, contextos, práticas e objetos de leitura. Serão acolhidos trabalhos que tratem das práticas e das representações de leitura e do leitor com base em aportes teórico-metodológicos da História Cultural do livro e da leitura (CHARTIER, 1999; 2019), dos estudos do discurso de linha francesa (pecheutiana, materialista, foucaultiana) e dos estudos de letramentos de forma geral (STREET, 2014; SOARES, 2001; TFOUNI, 2018; CASSANY, 2019). Esperam-se ainda estudos/pesquisas sobre práticas e representações de leitura em contextos escolares, acadêmicos, políticos, midiáticos, em línguas portuguesa, espanhola, francesa, inglesa ou experiências que valorizem outras línguas não hegemônicas como a dos povos originários, indígenas, quilombolas etc. As discussões advindas dessa proposta poderão contribuir para uma visão mais crítica e, consequentemente, meios mais frutíferos para se pensar a leitura e a formação do leitor na contemporaneidade.
GT 13: CONSTITUIÇÃO CULTURAL DO LEITOR LITERÁRIO E PRÁTICAS NATURALIZADAS DA LEITURA
Célia Zeri de Oliveira (UFPA)
Elizabeth Orofino Lúcio (UFPA)
EMENTA: Este grupo de trabalho pretende construir um debate profícuo acerca das práticas didático-pedagógicas que têm levado os indivíduos a realizarem a leitura como uma prática constante e natural ao longo da vida, ou seja, demonstrar por meio da discussão acadêmica que práticas pedagógicas eficazes constroem leitores para a vida. Compreendemos, nesse viés, que o texto literário seja um componente artístico para ser apreciado como fruição e como tal, deve ser objeto de ensino e aprendizagem como arte literária da educação infantil até a universidade. Entretanto, a leitura de um texto literário exige do leitor competências específicas, uma vez que não se trata de um gênero que traz todas as mensagens logo na superfície, por isso exige para a leitura mais aprofundada os olhos atentos de quem conhece um pouco da teoria de textos literários, exige a figura do professor como mediador do processo inicial de leitura crítica. As provocações e contribuição que pretendemos fazer com aos professores, bibliotecários e pesquisadores do tema são um convite para pensar a formação do leitor literário fora da visão de mundo que faz do ato de ler uma mercadoria . O convite é para pensarmos a leitura, a literatura, a escola, a biblioteca, e outros espaços culturais tendo como horizonte a formação de um leitor marcado pela subjetividade que compreenda o significado da participação na cultura escrita. Nesse âmbito, convidados para este GT os profissionais que lidam com esta prática didático-pedagógica para compartilhar teorias, pesquisas, relatos.
GT 14 - LINGUÍSTICA TEXTUAL E ENSINO DO PORTUGUÊS: PERSPECTIVAS ATUAIS
Fábio André Cardoso Coelho (UFF)
Janine Maria Rocha da Silva (SME-RJ/UFF)
EMENTA: A Linguística Textual vem cada vez mais intensificando o diálogo com as demais Ciências e Teorias da Linguagem, tornando-se, portanto, um domínio multi e interdisciplinar. No Brasil, ela prossegue no diálogo com pressupostos teóricos que envolvem temas caros para área, como a (re)elaboração do conceito de texto e suas implicações no ensino de língua portuguesa, sobretudo em tempos digitais. Este GT propõe uma discussão entre professores e pesquisadores cujos trabalhos de investigação e pesquisa e/ou práticas de sala de aula apontam para temas que, sob o viés da sociocognição, vem se constituindo em foco de interesse para os estudiosos do texto, como a referenciação, a argumentação, a coerência, a intertextualidade, o contexto, a multimodalidade, o hipertexto, os gêneros digitais. Partindo de estudos do texto e do discurso, situados na Linguística Textual, defendidos por Koch (2006; 2009); Elias (2015); Koch; Elias (2009, 2011); Marcuschi (2008), esta proposta de trabalho pressupõe o necessário diálogo com campos distintos do conhecimento, que busquem compreender e explicar essa entidade multifacetada que é o texto, em suas mais variadas situações reais de uso.
GT 15 - LITERATURA INFANTIL/JUVENIL: ABORDAGENS PLURAIS EM TEMPOS CONTEMPORÂNEOS
Beatriz dos Santos Feres (UFF)
Regina Michelli (UERJ)
EMENTA: A literatura Infantojuvenil, com livros esteticamente elaborados e passíveis de serem lidos por crianças e jovens, abarca uma gama imensa de produções e campos de estudos. Arejada por pesquisas em semiolinguística, linguística de texto, teorias da literatura, educação, psicologia, artes e áreas afins, é uma literatura que cada vez mais atrai o olhar adulto, seja de pesquisadores ou de pessoas que querem oferecer bons livros a filhos, sobrinhos, alunos. Seu espaço de circulação é, por excelência a escola, sem se restringir a ela, literatura que se enriquece com a mediação de professores e outros atores ligados à leitura e à produção de textos para essa faixa etária. Assim, neste Grupo de Trabalho, esperamos receber pesquisas que apresentem tanto uma leitura de obras contemporâneas, refletindo sobre as perplexidades de nosso tempo ou de estratégias narrativas que singularizam as obras, como estudos sobre mediação e recepção de livros de literatura infantil e juvenil em diferentes espaços de circulação.
GT 16 - O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DA LÍNGUA MATERNA POR DE GÊNEROS TEXTUAL/DISCURSIVO
José Ricardo Carvalho (UFS)
Everton Pereira Santos (UFS)
EMENTA: O trabalho de leitura na escola demanda o diálogo entre texto, autor e leitor, exigindo uma atenção especial sobre a linguagem em um contexto sociocomunicativo. Sabemos que toda atividade leitura envolve um processo de atualização de sentido dos enunciados de forma dialógica, envolvendo a compreensão da temática, as formas composicionais e o estilo de linguagem assumido pelo autor. Sabemos, também, que a formação de leitor uma abordagem dialógica e reflexiva necessita de um trabalho de análise linguística e discursiva em torno dos enunciados. Sendo assim, esse grupo de trabalho aceita pesquisas voltadas para o domínio de gêneros textuais/discursivos a partir do trabalho com sequência didática ou proposta de análise dialógica. Além disso, o grupo acolhe experiências de aplicação de sequências didáticas de leitura e produção textual que explorem o trabalho de compreensão de textos em sua dimensão linguístico, discursiva e interacional.